No dia 11 de agosto, foi realizada a Conferência Livre: Mulheres no centro – democracia econômica, empreendedorismo e direitos, que contou com a participação de mulheres de diferentes regiões e contextos sociais e econômicos. O objetivo do encontro foi discutir formas de melhorar as condições de trabalho para que as mulheres possam desenvolver seus próprios negócios.
De acordo com a coordenadora-geral de Gestão de Empreendedorismo do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Raquel Ribeiro, a Conferência Livre foi um espaço para discutir formas de melhorar as condições de trabalho para que as mulheres possam desenvolver seus próprios negócios. “As pesquisas nos mostram que grande parte dessas mulheres empreendem por necessidade. E justamente por empreenderem por necessidade é que precisam de políticas públicas eficazes para dar conta de todo o sistema de apoio”, afirma.
No Brasil, são mais de 10 milhões as mulheres empreendedoras, com a maioria sendo mães (70%) e tendo um faturamento médio de aproximadamente R$ 2 mil. No entanto, os números apontam que as mulheres empreendem por necessidade, são melhores pagadoras, mas dedicam menos tempo para seus negócios do que os homens e têm faturamento médio menor do que os homens.
As principais demandas das mulheres que participaram da Conferência Livre incluem a criação de linhas de crédito específicas para mulheres com juros reduzidos, cursos gratuitos para empreendedoras e garantia de participação em políticas públicas e instâncias de decisão. Além disso, as mulheres defendem a necessidade de políticas voltadas para o empreendedorismo feminino, incluindo a criação de programas específicos de aceleração, incubação e acesso a mercados para mulheres negras, indígenas e com deficiência.
A Conferência Livre foi um espaço para discutir essas demandas e definir prioridades que serão levadas à 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, que será realizada em Brasília entre 29 de setembro e 1º de outubro. As prioridades definidas incluem o acesso ao crédito e financiamento inclusivo, capacitação, formação e educação empreendedora, e inclusão e interseccionalidade.
A coordenadora-geral de Promoção da Igualdade Econômica das Mulheres do Ministério das Mulheres, Simone Schaffer, afirma que as três prioridades definidas no encontro estão na direção do debate nacional sobre empreendedorismo feminino. “Muitas vezes, as mulheres não se sentem preparadas para solicitar crédito. Muitas vezes, precisam de microcrédito e as exigências são muito grandes. Estamos falando de mulheres, muitas vezes, em situação de vulnerabilidade”, afirma.
A 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres tem como objetivo promover a discussão e a formulação de políticas públicas que garantam a igualdade de gênero e a garantia de direitos femininos. Além disso, a conferência busca garantir a participação e a discussão aprofundada de temas relevantes para a sociedade, incluindo o empreendedorismo feminino.
As conferências livres, que ocorrem desde 28 de abril e seguem até 15 de agosto, são espaços para garantir a participação e a discussão aprofundada de temas relevantes para a sociedade. Além disso, foram realizadas as conferências municipais e regionais entre 28 de abril e 28 de julho, e as conferências estaduais e distrital ocorrem entre 1º de julho e 31 de agosto.
Em resumo, a Conferência Livre: Mulheres no centro – democracia econômica, empreendedorismo e direitos foi um espaço importante para discutir as demandas das mulheres empreendedoras e definir prioridades que serão levadas à 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres. As prioridades definidas incluem o acesso ao crédito e financiamento inclusivo, capacitação, formação e educação empreendedora, e inclusão e interseccionalidade, e buscam garantir a igualdade de gênero e a garantia de direitos femininos.
