Dólar cai para R$ 5,49 com derrubada de alta do IOF e inflação menor
O dólar comercial fechou o dia em declínio, cotado a R$ 5,49, após o governo anunciar a derrubada da alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e a inflação mostrar sinais de desaceleração. A queda do dólar foi destaque nos mercados financeiros nessa quinta-feira, refletindo a melhora do humor dos investidores em relação à economia brasileira.
A decisão do governo de manter o IOF em seus níveis atuais, em vez de aumentá-lo, foi um dos principais fatores que contribuíram para a queda do dólar. O IOF é um imposto que incide sobre operações financeiras, incluindo a compra e venda de moedas estrangeiras. A expectativa de uma alta do IOF havia gerado preocupações entre os investidores, que temiam uma redução na liquidez do mercado de câmbio e um aumento nos custos para as empresas que operam no exterior.
Além disso, a inflação também mostrou sinais de desaceleração, o que contribuiu para a queda do dólar. Os dados públicos divulgados recentemente indicam que a taxa de inflação está diminuindo, o que pode levar o Banco Central a manter os juros básicos em seu nível atual. A manutenção dos juros básicos em um nível atraente pode atrair mais investimentos estrangeiros para o país, o que, por sua vez, tende a apoiar a moeda local.
O mercado de câmbio também foi influenciado pelas declarações do presidente do Banco Central, que reiterou o compromisso da instituição em manter a inflação sob controle e em garantir a estabilidade econômica. Essas declarações foram vistas como positivas pelos investidores, que passaram a acreditar que o Banco Central está trabalhando para manter a economia em um caminho sólido.
A queda do dólar pode ter impactos significativos na economia brasileira. Para as empresas que exportam produtos, uma moeda mais forte pode tornar seus produtos mais competitivos no exterior, aumentando as chances de aumentar as vendas e os lucros. Além disso, uma moeda mais forte pode reduzir o custo dos produtos importados, o que pode ajudar a controlar a inflação e melhorar o poder de compra dos consumidores.
No entanto, é importante lembrar que o mercado de câmbio é altamente volátil e pode ser influenciado por uma série de fatores, incluindo a política econômica, a situação internacional e as expectativas dos investidores. Portanto, a tendência da moeda pode mudar rapidamente em resposta a novos desenvolvimentos.
Em resumo, a queda do dólar para R$ 5,49 reflete a melhora do humor dos investidores em relação à economia brasileira, impulsionada pela derrubada da alta do IOF e pela inflação menor. No entanto, é fundamental continuar monitorando os desenvolvimentos econômicos e políticos para entender melhor as perspectivas futuras da moeda brasileira.
No dia seguinte à derrubada do decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o mercado financeiro brasileiro experimentou um dia de tranquilidade. O dólar americano caiu e retornou a um patamar abaixo de R$ 5,50, enquanto a bolsa de valores subiu quase 1%. A redução da inflação e o cenário internacional também contribuíram para a diminuição das tensões no mercado.
O dólar comercial fechou a quinta-feira (26) sendo vendido a R$ 5,498, apresentando uma queda de R$ 0,055 (-1,02%) em relação ao dia anterior. Ao longo do dia, a cotação iniciou próxima da estabilidade, mas começou a cair nos primeiros minutos de negociação, fechando próxima das mínimas do dia. Com esse desempenho, o dólar caiu 3,88% apenas em junho e, em 2025, apresenta uma recuo de 11,01%.
O mercado de ações também teve um dia de recuperação, com o índice Ibovespa, da B3, fechando aos 137.114 pontos, alta de 0,99%. Praticamente todas as principais ações subiram, devolvendo as perdas da quarta-feira (25). A bolsa brasileira acumula alta de apenas 0,06% em junho, mas em 2025, o Ibovespa apresenta uma alta de 13,99%.
A derrubada do decreto que subia o IOF foi bem recebida pelo mercado financeiro. Embora a medida cause uma perda de R$ 12 bilhões nas receitas do governo, de acordo com informações divulgadas pela Receita Federal, a revogação é vista como um incentivo para o governo cortar gastos, o que pode ser benéfico para a economia no longo prazo.
Outro fator que contribuiu para o bom desempenho do mercado foi o recuo da inflação. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial, registrou uma variação de 0,26% em junho, abaixo do esperado. Isso se deve, em grande parte, ao recuo dos preços dos alimentos. A queda da inflação abre espaço para que o Banco Central comece a reduzir a Taxa Selic (juros básicos da economia) antes do previsto, o que pode estimular a economia.
No cenário internacional, a manutenção do cessar-fogo entre Israel e Irã e a divulgação de dados que mostram a desaceleração da economia norte-americana animaram os investidores. Isso porque aumentam as chances de o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) cortar os juros básicos dos Estados Unidos antes do fim do ano. Quando as taxas de juros são mais baixas em economias avançadas, isso tende a incentivrar a migração de recursos para países emergentes, como o Brasil, uma vez que os investidores buscam retornos mais atraentes.
Em resumo, o mercado financeiro brasileiro teve um dia positivo após a derrubada do decreto do IOF, com o dólar caindo e a bolsa de valores subindo. A redução da inflação e os eventos internacionais também contribuíram para a tranquilidade do mercado. Esses desenvolvimentos indicam que os investidores estão otimistas em relação ao futuro da economia brasileira, mas é importante lembrar que o cenário econômico pode ser volátil e sujeito a mudanças rápidas.
