A jovem Juliana Leite Rangel, de 26 anos, que foi baleada na cabeça com tiro de fuzil por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na noite de terça-feira (24), passou de gravíssimo para grave. Ela está internada no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN), em Duque de Caxias, desde a noite do incidente.

De acordo com o boletim médico divulgado no início da tarde deste domingo (29), Juliana sofreu lesão por arma de fogo na região do crânio e está em ventilação mecânica (entubada). O estado da jovem permite a redução de sedação para avaliação de estímulos neurológicos, mas ainda é considerado delicado.

A vítima estava indo com a família, de cinco pessoas, passar o Natal na casa de parentes em Itaipu, Niterói, quando o carro foi atingido por vários disparos feitos por agentes da PRF, na altura de Duque de Caxias, por volta das 21 horas do dia 24.

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um Procedimento Investigatório Criminal e pediu a realização de diligências para coletar informações, documentos e outros elementos que possam ajudar a definir a linha de atuação do órgão ministerial no caso.

O procurador da República, Eduardo Santos de Oliveira Benones, requereu à Superintendência da Polícia Rodoviária Federal, no Rio, a identificação dos policiais rodoviários federais envolvidos na ocorrência e a identificação dos autores dos disparos, além do afastamento imediato dos agentes que estavam nas viaturas.

O caso está sendo investigado pela Polícia Federal e a corporação apura todos os casos de excessos durante abordagens policiais feitas pelos seus agentes. O diretor-geral da PRF, Antônio Fernando Souza Oliveira, disse que a corporação apura todos os casos de excessos durante abordagens policiais feitas pelos seus agentes.

Recentemente, o governo federal publicou um decreto para regulamentar o uso da força durante operações policiais, que estabelece diretrizes para o uso gradativo de armas para evitar a violência policial em todo o país. O uso de arma de fogo deve ser feito como medida de “último recurso” e apenas quando outros recursos de “menor intensidade não forem suficientes para atingir os objetivos legais pretendidos”.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, apontou que a polícia não pode combater a criminalidade cometendo crimes e que as polícias federais precisam dar o exemplo às demais polícias.

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