O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) ordenou, na quarta-feira (15), a interdição do camelódromo da Uruguaiana, um centro comercial popular no centro da capital fluminense, após um incêndio no final de semana. A decisão é baseada no pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e destaca a necessidade de adequações na instalação para atender às normas de prevenção e controle de fogo.
De acordo com o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, o camelódromo sofria pendências de regularização desde 2020 e havia instalações proibidas de funcionar. O MPRJ havia sido atendido anteriormente e negado na ação civil pública em 2023. Um recurso foi apresentado e indeferido em maio de 2024, e na semana passada, o MPRJ apresentou um novo pedido.
Além da interdição, o juiz Daniel Calafate Brito determinou que, se a determinação não for cumprida, a Associação dos Comerciantes e Ambulantes do Centro da Cidade do Rio de Janeiro (ACAC-RJ) e a Associação dos Comerciantes do Mercado Popular da Uruguaiana (AMPU) teriam que arcar com uma multa diária de R$ 50 mil. As entidades descumpriram as exigências do Corpo de Bombeiros.
O incêndio ocorreu no domingo (12) e não houve vítimas, mas o combate às chamas mobilizou mais de 60 bombeiros e fechou o trânsito no local. As causas do incêndio estão sendo investigadas pela Polícia Civil. As lojas do camelódromo vendem uma ampla variedade de produtos e os boxes afetados estão localizados na Rua dos Andradas, próximo à entrada da estação do metrô.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, que visitou o local no domingo, prometeu reformar o camelódromo e apoiar os lojistas. Ele destacou que há um exemplo positivo na cidade, o Mercadão de Madureira, que foi devastado em um incêndio no ano de 2000, mas foi reconstruído e transformado em um shopping com qualidade.
