O conceito de Paris como “capital mundial da moda” remonta aos séculos 17 e 18, quando Luís XIV incentivou o desenvolvimento da indústria têxtil na França. Algo semelhante ocorreu com o esporte, que também recebeu apoio financeiro e de visibilidade, levando a um crescimento significativo.

Em julho e agosto de 2024, Paris sediou os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, tornando-se a “capital mundial do esporte”. Durante os Jogos, os veículos de comunicação franceses deram grande destaque aos atletas paralímpicos, incluindo um brasileiro que se tornou estrela do evento. Gabriel Araújo, um mineiro com focomelia, conquistou três ouros na natação, tornando-se um dos atletas mais destacados da Paralimpíada.

Além de Gabriel, outros atletas brasileiros também tiveram desempenhos notáveis. Carol Santiago, uma pernambucana com baixa visão, conquistou cinco medalhas, incluindo três ouros, tornando-se a mulher brasileira que mais vezes esteve no topo do pódio paralímpico. Jerusa Geber, uma acreana com deficiência visual, também teve um desempenho brilhante, conquistando dois ouros.

O Brasil alcançou um total de 89 medalhas, incluindo 25 ouros, 26 pratas e 38 bronzes, superando a meta do Comitê Paralímpico Brasileiro. O país também conquistou seu primeiro lugar no top-5 do quadro de medalhas. Embora alguns esportes coletivos tenham tido resultados abaixo do esperado, a seleção brasileira de futebol de cegos e goalball masculino conquistaram medalhas.

O ano também foi marcado por estreias brasileiras no pódio paralímpico, como no parabadminton e no triatlo. Além disso, houve conquistas inéditas em esportes como o ciclismo e o tênis de mesa.

No entanto, o ano também foi marcado por uma nota triste. Joana Neves, uma atleta paralímpica com nanismo, faleceu em março devido a uma parada cardiorrespiratória, causando comoção entre atletas e demais envolvidos no movimento paralímpico brasileiro. A “Peixinha”, como era conhecida, foi homenageada no Prêmio Paralímpicos.

O Bolsa Atleta, considerado o maior programa de patrocínio esportivo individual do mundo, passou a contemplar atletas das provas que integram os Jogos Surdolímpicos e os auxiliares de atletas paralímpicos. Quase 100% dos representantes brasileiros em Paris receberam o benefício.

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